Afinal, como funcionam os voos de asa delta?

afinal como funcionam os voos de asa delta
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Um dos esportes radicais mais conhecidos, a asa delta está na imaginação de muitos — e é um sonho fácil de realizar! Com a opção dos voos duplos, nos quais pilotos experientes conduzem iniciantes pelo céu, não é preciso um treinamento rigoroso e os riscos são muito baixos, se observadas as medidas básicas de segurança.

A asa delta não usa nenhuma fonte de energia a não ser a propulsão humana e as forças atmosféricas. Portanto, voar não é fazer tudo do seu jeito: há uma negociação constante com o ambiente, um entendimento das possibilidades e o respeito à natureza.

A experiência é certamente inesquecível — mesmo rodeada de ar, uma pessoa poderá facilmente perder o fôlego com a vista e a sensação de plainar como um pássaro.

Quer saber mais sobre esse esporte incrível? Acompanhe:

Como surgiu?

Em 1891, bem antes da asa delta que conhecemos, Otto Lilienthal já estava plainando em pequenas distâncias com o equipamento que ele inventou. Hoje, seus estudos aerodinâmicos são considerados precursores do avião.

A criação data de 1948, quando Francis Rogallo (um engenheiro da NASA) terminou o projeto, mas as empresas não se arriscaram a produzir seu invento na época. Só em 1967, Bill Moyes começou a fabricação do primeiro modelo comercial, que ganhou rápida notoriedade nos EUA e espalhou-se por todo o globo.

Onde praticar no Brasil?

Para praticar asa delta é preciso escolher um local com diferenças bruscas de altitude (um topo de morro íngreme, como um penhasco), condições meteorológicas favoráveis e um espaço seguro para o pouso nas proximidades.

No Brasil, alguns dos mais famosos são a Pedra Bonita, no Rio de Janeiro; a Pedra Grande e o Pico Agudo, no estado de São Paulo; e o Morro do Careca, em Santa Catarina. No entanto, é possível encontrar locais adequados em quase todo o território brasileiro.

Como funciona?

É tudo uma questão de pressão atmosférica. Devido ao seu formato, a asa consegue se manter estável pela resistência do ar, plainando por longas distâncias. E mais: o sol aquece o solo e o ar próximo a ele. Esse ar se dilata, ficando menos denso que as camadas superiores e, por isso, sobe.

A asa delta aproveita essa movimentação de massas para não apenas se manter estável, mas para subir mais ainda. Enquanto houver sol (e boas condições), uma asa delta pode continuar voando!

Qual a diferença para o parapente?

São duas modalidades de voo livre com muita coisa em comum, mas sua estrutura altera algumas características. A asa delta tende a ser mais pesada, mais cara, mais difícil de transportar, de decolar e de aterrar.

Suas grandes vantagens são uma velocidade máxima maior, uma posição de voo que permite apreciar melhor a vista e a possibilidade de plainar mais longe. Além disso, divide-se em duas classes: as flexíveis, mais tradicionais e econômicas; e as rígidas, reconhecidas por sua grande velocidade.

Quais os equipamentos necessários?

Para voar com segurança e tranquilidade, além da asa delta, utilizam-se:

  • cinto de voo;
  • paraquedas de emergência;
  • mosquetões;
  • capacete;
  • luvas;
  • botas;
  • altímetro;
  • e rádio comunicador.

Que cuidados preciso ter?

Como dissemos, um iniciante deve fazer seu primeiro voo acompanhado e, para chegar ao voo solo, deverá passar por um treinamento prévio. Mas existem algumas dicas que são de praxe:

  • analise a meteorologia — os voos são mais seguros com o céu aberto e o tempo estável; no local, confira periodicamente as condições atmosféricas;
  • evite chegar cedo demais — uma espera longa pode gerar ansiedade e levar a decisões precipitadas na hora da decolagem;
  • atente-se à direção e à velocidade dos ventos — são fundamentais para a decolagem, e as condições não serão as mesmas durante todo o voo.

A asa delta é um esporte incrível, que proporciona experiências fantásticas para quem se aventura. Tudo começa com um voo de curiosidade e, de repente, você já está pensando na próxima decolagem!

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