Os Destinos de Aventura mais Extremos do Brasil: Pico da Neblina

Os Destinos de Aventura mais Extremos do Brasil: Pico da Neblina
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Você com certeza já ouviu falar desse destino nas aulas de Geografia na escola. Ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina possui 2995,3m de altitude e está situado no extremo norte da Amazônia, na divisa com a Venezuela. O teto do nosso país é, sem dúvidas, um dos destinos de aventura mais extremos do Brasil e um sonho para qualquer montanhista.

Um desafio gigante e demorado, o caminho até o cume do Neblina exige muita preparação física e psicológica. Se você acredita que está à altura desse monstro, veja algumas informações importantes para realizar essa conquista:

Por onde começar: experiência e preparação física

Em primeiro lugar, antes mesmo de considerar encarar esse desafio, tenha certeza que você possui o condicionamento físico necessário. São horas de caminhada durante vários dias, onde você parte de uma altitude próxima ao nível do mar, para atingir quase 3 mil metros.

Também considere sua experiência com longas caminhadas em terrenos adversos. Lembre-se que além de enfrentar o ponto mais alto do Brasil, você também estará no interior da Floresta Amazônica. Isso quer dizer que animais selvagens, insetos, terrenos encharcados, terrenos pedregosos e muito mais adversidades estarão somados à completa falta de civilização. Os únicos humanos que vivem nessa região são a tribo Yanomami. Um dos povos com menor contato com a civilização moderna, no mundo.

Faça uma auto-avaliação meticulosa. Se você não está preparado, mas mesmo assim deseja conquistar o Pico, faça um planejamento que inclua uma longa preparação física e diversas viagens para destinos menos exigentes. Comece com mais simples e evolua para mais desafiadores (como a Serra da Mantiqueira).

Antes da viagem: planejamento

Lembre-se que o Pico da Neblina é um dos destinos de aventura mais extremos do Brasil (se não for o mais extremo). Por isso, se preparar com antecedência é chave para vencer esse desafio. E alguns pontos são essenciais nesse plano. São eles:

  • Guias e expedições: Contrate um guia para acompanhar a subida. Alguém que já tenha experiência e conheça todas as dificuldades. Muitas agências de turismo, tanto brasileiras como venezuelanas, prestam o serviços de expedição com guias, carregadores auxiliares e equipamentos. A dica é que as agências venezuelanas são mais baratas e não perdem em nada para as brasileiras em qualidade. Outra dica é negociar pessoalmente. É possível fazer pela internet, mas os preços são mais altos.
  • Tempo: Separe um tempo considerável para realizar a subida. A maioria das expedições duram aproximadamente 15 dias entre partida da cidade mais próxima, caminho até o parque do Pico da Neblina, subida até a base, ataque ao cume e retorno. Garanta alguns dia a mais para qualquer imprevisto. As condições climáticas podem influenciar o dia da partida. Além disso, qualquer expedição irá partir com um número mínimo de participantes. Isso pode ser rápido ou pode exigir alguns dias.
  • Grupos: Se você decidir por uma expedição, provavelmente já existe uma data definida para partida, com um grupo definido. Se você for com seu próprio grupo e contratar um guia, converse com ele sobre os equipamentos necessários.

Roteiro para o cume (pelo Brasil)

A viagem começa na cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM). O aeroporto mais próximo é de Manaus, então é muito comum chegar em Manaus e precisar de um transfer. Em São Miguel da Cachoeira é onde estão os guias brasileiros. Também é o ponto onde você vai poder fazer compras e se preparar para o caminho. Normalmente os guias irão sugerir destinar o dia anterior à viagem para comprar suprimentos.

No dia de partida, você deverá seguir até a comunidade Yamirim (uma comunidade indígena), onde você embarcará em canoas, conhecidas como voadeiras, seguindo o Rio Cauburis. Todo esse trecho completa o primeiro dia do trajeto. A partir desse ponto o caminho todo é por caminhada. Serão cinco pontos de acampamentos (um para cada dia). Os seguintes são: Boca do Tucano (3h de caminhada) > Bebedouro Velho (400m de altitude e 13km de trilha, durante cerca de 7h com alto grau de dificuldade) > Bebedouro Novo (860m de altitude e 25km, cerca de 6h) > Acampamento Base (2.210m de altitude e 6km, com duração de 6 a 7h).

Estando na Base, o dia seguinte é de ataque ao cume. A subida dura cerca de 7 horas de caminhada e a intensidade é alta. Subidas íngremes com trecho que podem estar alagados e com necessidade de uso de cordas em determinados momentos. Nessa noite, o acampamento é no cume.

O retorno é o mesmo caminho feito para a subida. É importante não subestimar esse caminho, pois a decida pode ser tão exigente quanto a subida e exigir cuidados extras.

(BÔNUS) Também vale a pena aproveitar o dia após o cume para atacar o Pico 31 de Março. É o segundo ponto mais alto do Brasil e fica logo ao lado do Pico da Neblina. Como existe uma ligação entre ambos, você consegue sair do cume do Pico da Neblina e atingir o 31 de Março em menos de um dia. Então vale a pena aproveitar a viagem.

Quer mais informações sobre o pico? Visita o blog do Parque.

Destinos de Aventura mais Extremos do Brasil

Esse artigo faz parte de uma série de outros artigos sobre os destinos de aventura mais extremos do Brasil. Se você quer conhecer outros pontos imperdíveis, acompanhe nosso blog. Em breve colocarei mais links nessa página.

Gostou desse artigo? Então fique ligado que logo falaremos sobre outros dos destinos de aventura mais extremos do Brasil.

http://blog.tremeterra.com.br/2016/05/30/destinos-de-aventura-mais-extremos-do-brasil-pico-da-neblina/
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